De policial a traficante: Wagner Moura humaniza Pablo Escobar em "Narcos"
Em "Tropa de Elite", o Capitão Nascimento de Wagner Moura subia os
morros do Rio de Janeiro para enfrentar os chefes do tráfico. Oito anos
depois, o ator vive justamente um chefe do tráfico na série "Narcos" –
mas não se trata de um traficante qualquer, e sim do colombiano Pablo
Escobar, um dos fundadores do temido Cartel de Medellín.
"Quanto mais eu pesquisava, mais eu o achava um personagem interessante, sem julgá-lo", contou Moura em entrevista ao UOL.
"Claro que eu tenho minha opinião sobre ele, mas como intérprete é
incrível. É um cara que até hoje é amado por muita gente em Medellín,
muito bom com os pobres, um excelente pai, um excelente marido, mas o
bandido mais conhecido do século vinte".
Essa dualidade de Escobar facilitou o trabalho do ator na hora de
humanizá-lo. "Esses dois lados do Pablo eram muito claros desde o
começo. Acho que já li tudo o que escreveram sobre ele. Os amigos eram
amigos mesmo. O filho fez um documentário que fazia uma espécie de
revisão crítica do pai, mas você vê que é um filho que ama seu pai, que
ele era um bom pai. então isso não foi difícil porque o personagem já
oferecia isso".
Retomando a parceria com o "parceiraço" José
Padilha – que o dirigiu em "Tropa" e no curta-metragem "Inútil
Paisagem", do filme "Rio, Eu Te Amo" – Moura acredita que "Narcos" irá
agradar aos fãs do primeiro. "O 'Narcos' tem essa coisa da narração,
essa coisa do Zé de querer explicar as coisas para as pessoas. Tem ação,
tem humor. Só que agora numa escala muito maior dessa pegada câmera na
mão, improviso, realidade, falando de uma coisa que realmente existe. O
narcotráfico ainda é uma questão a ser debatida, séria, e ao mesmo tempo
é superentretenimento. Acho que quem gostou do 'Tropa' vai gostar muito
do 'Narcos'".
Desafio de atuar em espanhol
Parte essencial da caracterização de Moura foi aprender o espanhol
falado em Medellín – e ele viajou para Colômbia para aprender o idioma.
Mas admitiu que foi um "desafio arretado" atuar em outra língua: "Parece
que um lado do seu cérebro fica focado só em você falar direito, e o
outro em fazer o personagem".
Inicialmente, a série seria
gravada totalmente em inglês, mas acabou-se optando por manter o
espanhol como o idioma principal dos personagens latinos. "Eu achei
ótimo eles mudarem para espanhol, porque sempre achei muito estranho
esses filmes de segunda guerra em que os alemães falam em inglês com
sotaque alemão".
Tendo atuado com um elenco e uma equipe
composta predominantemente por latinos, como o ator chileno Pedro Pascal
(o Oberyn de "Game of Thrones"), o ator torce para que "Narcos" faça
sucesso também na América Latina. "Uma coisa boa dessa série é que me
pôs em contato com o sentimento de ser latino, de estar integrado a uma
cultura maior do que a nossa cultura brasileira, porque a gente
brasileiro é muito 'Brasil'. Eu espero que seja exitosa nos Estados
Unidos, no mundo todo, mas especialmente aqui".
"Narcos" estreia no Netflix em 28 de agosto.
Fonte: Uol
Olá Wagner Moura, Este é um pedido especial de um Brasileiro para nosso cinema nacional, "adoraria" e sei que será um "SUCESSO" sem dúvida se vcs (José Padilha, Wagner Moura e Cia), criassem um filme falando de nossa "política" (MENSALÃO/PETROLÃO/ELETROLÃO/BNDES etc..), na verdade um SERIADO assim como foi o "Rei Davi" da RECORD. Sei que é muito cedo para isso, mas acho que seria o momento para "coletar" o material (e aja material) Estou acreditando fielmente na vitória do povo. E na minha opinião, o fantástico seria que vc fosse o "Sérgio Moro" do seriado... rsrsrs
ResponderExcluirQue tal hein??
Adorei o Tropa de Elite, foi FANTÁSTICO!!!
Nota: Mais do que um SUCESSO, este filme/seriado seria como um AVISO AO MUNDO, que o Brasil agora TERÁ NOVA CARA!!!!
Gde Ab!
Jose Paulo Wolf