Wagner Moura diz que não teve medo de frustrar as pessoas com novo 'Nascimento'
O encontro realizado pelo jornal "O Globo" na noite desta quinta-feira, na Zona Sul do Rio de Janeiro, para debater segurança pública logo após uma sessão do filme "Tropa de Elite 2" contou com a participação do diretor, José Padilha, o ator Wagner Moura, o deputado estadual Marcelo Freixo e o sociólogo e professor da UERJ Ignácio Cano. Numa conversa com o SRZD, Wagner Moura, o "Coronel Nascimento", comentou como foi ter que trabalhar num personagem modificado em relação ao primeiro filme.
O ator revelou que apesar de todo o realismo das cenas, "muitas vezes perturbadoras, que sugeriam um desgaste físico e emocional para o ator que dá vida a um dos personagens mais populares do cinema brasileiro, o Coronel (antes Capitão) Nascimento, conseguiu preservar-se e despir-se do personagem com facilidade após cada gravação".
Moura acrescentou que as gravações mexem com o emocional, mas que o ator consegue definir claramente que aquilo é apenas uma gravação. "A gente sai mexido sim, mas não quer dizer que isso faz um ator ficar envolvido com o personagem. A gente sabe que está fazendo uma cena para um filme", explica.
Quando perguntado se chorou, como foi noticiado, ele faz questão de esclarecer que "chorou na cena".
"É como uma brincadeira de criança, depois que acaba tudo volta ao normal", resume.
"Tropa de Elite 2" coloca o "dedo na ferida" de muitos políticos e policiais corruptos, cumprindo assim um papel social por instigar as pessoas ao debate e, quem sabe, provocando mudanças efetivas na segurança pública do Rio de Janeiro. O ator tem consciência deste papel e mostra-se orgulhoso e satisfeito por fazer parte deste projeto sem precedentes.
"Estou feliz porque gosto de política e o filme aborda questões relevantes", diz.
O ator revelou que apesar de todo o realismo das cenas, "muitas vezes perturbadoras, que sugeriam um desgaste físico e emocional para o ator que dá vida a um dos personagens mais populares do cinema brasileiro, o Coronel (antes Capitão) Nascimento, conseguiu preservar-se e despir-se do personagem com facilidade após cada gravação".
Moura acrescentou que as gravações mexem com o emocional, mas que o ator consegue definir claramente que aquilo é apenas uma gravação. "A gente sai mexido sim, mas não quer dizer que isso faz um ator ficar envolvido com o personagem. A gente sabe que está fazendo uma cena para um filme", explica.
Quando perguntado se chorou, como foi noticiado, ele faz questão de esclarecer que "chorou na cena".
"É como uma brincadeira de criança, depois que acaba tudo volta ao normal", resume.
"Tropa de Elite 2" coloca o "dedo na ferida" de muitos políticos e policiais corruptos, cumprindo assim um papel social por instigar as pessoas ao debate e, quem sabe, provocando mudanças efetivas na segurança pública do Rio de Janeiro. O ator tem consciência deste papel e mostra-se orgulhoso e satisfeito por fazer parte deste projeto sem precedentes.
"Estou feliz porque gosto de política e o filme aborda questões relevantes", diz.
Durante o debate organizado pelo jornal "O Globo" na noite desta quinta-feira, no Espaço Arteplex, no Rio de Janeiro, o ator Wagner Moura falou sobre a montagem do personagem e expressou opiniões sobre segurança pública e a corrupção entre políticos e policiais, tema do filme "Tropa de Elite 2", cartaz há uma semana nos cinemas de todo o país.
"A primeira coisa que a gente pensou é que precisávamos dotar o Nascimento de consciência, coisa que ele tinha muito pouco no primeiro filme. O personagem tinha síndrome do pânico, mas ele não sabia exatamente o que estava acontecendo", acrescentou.
'Não tive medo de frustrar as pessoas'
O grande desafio para Wagner, segundo ele, foi reconstruir o personagem sem deixar-se influenciar pela expectativa do público.
"A dificuldade que eu tive foi me descolar da imagem mítica do primeiro Nascimento, que ficou muito forte no imaginário das pessoas... Se tornou um personagem pop da cultura brasileira", confessa e completa: "Tive que cuidar para que o meu inconsciente não trabalhasse para querer satisfazer aos esperavam aquele Nascimento (do primeiro filme). Não tive medo de frustrar as pessoas", completou.
Sobre as UPPs, o ator considera "positivo", mas que "é um meio e não um fim" para resolver a questão da violência no Rio de Janeiro.
"Acho que senti essa catarse assistindo ao filme. "Eu, como um cidadão, batendo em um político safado!", diz e emenda revelando que muitos amigos têm se manifestado, impressionados com o que é ventilado no filme, e que um deles nem conseguiu dormir após assistir ao longa: "Poucas vezes vi isso acontecer e fico feliz por participar".
Fonte: SRZD
Comentários
Postar um comentário