Crítica: Tropa de Elite


Crítica: Tropa de Elite

Produção modesta que tinha tudo para ser mais um filme sobre violência que se transformou num ícone da cinematografia brasileira. Catapultado pelas polêmicas acerca da pirataria que envolveu o vazamento do filme completo, antes mesmo da exibição nos cinemas, e o interesse da imprensa, Tropa de Elite espalhou sem muito apoio publicitário.

Claro, um sucesso não se faz somente com polêmicas, mas o roteiro cheio de bordões prontos para virarem manias sociais e um personagem principal cativante, sustentaram o sucesso do filme. Quem não repetiu as falas do Capitão Nascimento? Além das charges, críticas, paródias, vídeos no youtube... As falas do comandante do BOPE eram deliciosas demais para ficarem retidas no filme, logo ganharam status de mania entre os brasileiros.

Sim, é mais um filme sobre a violência urbana no Rio de Janeiro, contudo ele levanta questões que não foram levantadas por nenhum outro filme de sucesso, o financiamento das drogas ilícitas, jogando a culpa em quem compra, não em quem vende. Artistas e inúmeras pessoas da sociedade usam maconha livremente e ainda fazem apologia a descriminalização da mesma, mas o filme mostra o dano que essa simples "erva natural" causa na sociedade, financiando o tráfego e a violência urbana, destruindo famílias. Mérito para o roteirista por tratar o assunto sem hipocrisia.

As interpretações formam o outro pilar de sustentação do filme, uma vez que Wagner Moura, que não tem nada a ver, na vida pessoal, com uma pessoa truculenta e violenta, literalmente se transforma em cena, incorporando o personagem. André Ramiro e Caio Junqueira também conseguem transformar o personagem em cena, começando como policiais pacíficos e sonhadores, e virando verdadeiros soldados do BOPE, a importância disso era que a mudança tinha que convencer, e convenceu. Fábio Lago interpreta um alucinado traficante, o Baiano, e consegue convencer até pelos olhos esbugalhados.

Tropa de Elite mostra que não precisa de milhões para fazer um bom filme, basta um ótimo roteiro, uma direção competente e bons atores. O filme garantiu a sua seqüência, Tropa de Elite 2 já está sendo filmado, mas dessa vez com status de "superprodução".


Sinopse:

1997. O dia-a-dia do grupo de policiais e de um capitão do BOPE (Wagner Moura), que quer deixar a corporação e tenta encontrar um substituto para seu posto. Paralelamente dois amigos de infância se tornam policiais e se destacam pela honestidade e honra ao realizar suas funções, se indignando com a corrupção existente no batalhão em que atuam. - Adoro Cinema.

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Fonte: Postado por Lemon Blog Leia mais sobre: crítica, filme, Tropa de Elite

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