Wagner Moura vive herói shakesperiano
É pouco provável que Wagner Moura construa o Hamlet definitivo, o melhor espetáculo do teatro shakespeariano. O fato de ser mais uma, dentre as incontáveis montagens para a clássica tragédia, não parece, contudo, atemorizar o ator baiano, que protagoniza a partir de sábado (21), no teatro Faap, a encenação de Aderbal Freire-Filho.
Para além de todos os rótulos e expectativas que rondam o personagem, Moura parece encarar "Hamlet" como um projeto pessoal, uma maneira de dar forma ao seu antigo fascínio pela história do filho dilacerado pelo assassinato do pai e pelo desejo de vingança.
"Durante muito tempo, achava que Hamlet era tão grande que não devia nem ser montado, devia ficar ali, pairando como uma força. Mas Shakespeare escreveu a história para ser representada no palco", diz o ator.
O trabalho de composição do princípe atormentado passou pela visita a outras montagens, diversas versões para o cinema e até por desconstruções, como "Ensaio.Hamlet" (2004), da Cia. dos Atores. Mas foi o próprio texto que lhe ditou o caminho a seguir.
"As palavras são tão fortes que você só precisa entender e dizer", observa Moura.
Na tradução que Aderbal fez da peça, com a contribuição de Bárbara Harrington e do ator, a obra segue sem adaptações ou cortes, mas perde o acento de época que costuma tirar a naturalidade das falas.
Ainda que não se trate de uma tentativa de atualização do enredo, a encenação ganhou contornos bem ao gosto
de nossos dias, uma opção que se revela no figurino, no cenário de estruturas à mostra, que nem de longe tenta reproduzir o castelo de El sinor, e na trilha sonora, assinada por Rodrigo Amarante (Los Hermanos).
Fonte: Guia da Folha Online
Para além de todos os rótulos e expectativas que rondam o personagem, Moura parece encarar "Hamlet" como um projeto pessoal, uma maneira de dar forma ao seu antigo fascínio pela história do filho dilacerado pelo assassinato do pai e pelo desejo de vingança.
"Durante muito tempo, achava que Hamlet era tão grande que não devia nem ser montado, devia ficar ali, pairando como uma força. Mas Shakespeare escreveu a história para ser representada no palco", diz o ator.
O trabalho de composição do princípe atormentado passou pela visita a outras montagens, diversas versões para o cinema e até por desconstruções, como "Ensaio.Hamlet" (2004), da Cia. dos Atores. Mas foi o próprio texto que lhe ditou o caminho a seguir.
"As palavras são tão fortes que você só precisa entender e dizer", observa Moura.
Na tradução que Aderbal fez da peça, com a contribuição de Bárbara Harrington e do ator, a obra segue sem adaptações ou cortes, mas perde o acento de época que costuma tirar a naturalidade das falas.
Ainda que não se trate de uma tentativa de atualização do enredo, a encenação ganhou contornos bem ao gosto
de nossos dias, uma opção que se revela no figurino, no cenário de estruturas à mostra, que nem de longe tenta reproduzir o castelo de El sinor, e na trilha sonora, assinada por Rodrigo Amarante (Los Hermanos).
Fonte: Guia da Folha Online
Comentários
Postar um comentário