Prêmio de melhor ator
(...)Mesclando o habitual glamour de seu texto ao badalado cenário de Copacabana, um dos cartões-postais do país, Gilberto esculpiu personagens triunfais. Como a sedutora prostituta Bebel, de Camila Pitanga, eleita por quase todos os editores como a melhor atriz. Ou o carismático vilão Olavo, de Wagner Moura, que estapeou os concorrentes na categoria melhor ator ao melhor estilo do Capitão Nascimento, de Tropa de elite.
A contradição do glamour com o lado underground de Copacabana foi o cenário escolhido por Gilberto Braga em Paraíso tropical. A trama abusou das imagens do lendário calçadão do bairro em efeitos de chroma key e emocionou ao retratar os conflitos familiares de Neli e Heitor, de Beth Goulart e Daniel Dantas.
Mas o que mexeu com o imaginário do público foi o gingado de Bebel, de Camila Pitanga, e as armações de Taís, uma das gêmeas interpretadas por Alessandra Negrini com o inconfundível sotaque arrastado de grande parte dos cariocas. A história foi pontuada por carismáticos vilões, como o sórdido Olavo, de Wagner Moura, e o canalha humanizado Antenor, de Tony Ramos. Mas também contou com personagens chatos, como o enfadonho casalzinho de protagonistas Paula e Daniel, de Alessandra Negrini e Fábio Assunção.
E assim, Wagner Moura mudou de patamar como ator em 2007. Além de eleito melhor ator pelos editores que publicam TV Press como o canalha Olavo, em Paraíso tropical, o ator baiano com cara de gente boa não dormiu no ponto este ano. Também foi alvo das atenções na pele áspera do Capitão Nascimento, no longa Tropa de elite. Com dois sucessos desse porte e liberdade para escolher a produção em que quer atuar, Wagner preferiu recusar um polpudo contrato longo com a Globo.
Fonte: Correio da Bahia
Texto editado por Carol Monteiro
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