Estréia dia 20 de julho, Saneamento Básico, O Filme.

 Trata-se de uma comédia política sobre as contradições entre o representar e o fazer, entre o registrar e o transformar. Esta contradição está no cerne da questão moral que é fazer cinema, uma arte cara e sofisticada, num país como o Brasil, com tantas desigualdade sociais e tantas necessidades básicas ainda distantes de imensa parcela da população. Fazer cinema no Brasil é ao mesmo tempo uma necessidade e um luxo. Ter acesso às condições mínimas de saneamento básico são uma prioridade inadiável. Como o estado brasileiro, principal mecenas na produção audiovisual, enfrenta este dilema? Tratar destas questões, ao mesmo tempo com bom humor e profundidade, é contribuir para um debate que é vital para a sociedade moderna, e em especial para a sociedade brasileira. Um filme brasileiro sobre questões brasileiras, mas com um caráter universal. Uma fábula ambientada numa pequena aldeia e, até por isso mesmo, capaz de falar ao mundo.

Sinopse

A comunidade da Linha Nova, uma pequena vila de descendentes de colonos italianos na serra gaúcha, reúne-se para tomar providências sobre a construção de uma fossa para o tratamento do esgoto da vila. Uma comissão é escolhida para pleitear a obra junto à sub-prefeitura.
A comissão é recebida pela primeira-secretária do sub-prefeito. Após ouvir a reivindicação, a primeira-secretária reconhece a legitimidade da solicitação mas afirma que a sub-prefeitura não dispõe de verbas para obras de saneamento básico até o final do ano, pelo menos. No entanto, a prefeitura tem quase dez mil em verbas para a produção de um vídeo. A verba veio do governo federal e, se não for gasta, terá que ser devolvida.
Em comum acordo com a primeira-secretária, a comunidade decide fazer um vídeo sobre a obra de canalização do Arroio Cristal. A sub-prefeitura apoia fortemente a idéia da realização do vídeo e da utilização da verba para a obra, que seria um absurdo devolver, mas esclarece que, para requerer a verba, a comunidade deve apresentar um roteiro e um projeto do vídeo, e que a verba era necessariamente para obras de ficção.
Os moradores da Linha Nova passam então a fazer um vídeo de ficção que, segundo interpretações, é um filme de monstro, ambientado nas obras de construção de uma fossa, com o único objetivo de usar a verba para as obras. O que eles não esperavam é que a produção do filme fosse se tornando cada vez mais complexa e interessante.

Diretor e Roteirista: Jorge Furtado
Diretor e roteirista dos longas HOUVE UMA VEZ DOIS VERÕES (2002), O HOMEM QUE COPIAVA (2003) e MEU TIO MATOU UM CARA (2005), além de vários curtas-metragens premiados no Brasil e no exterior, como O DIA EM QUE DORIVAL ENCAROU A GUARDA (1986), BARBOSA (1988), ILHA DAS FLORES (1989), ESTA NÃO É A SUA VIDA (1991) e O SANDUÍCHE (2000). Roteirista e diretor do episódio ESTRADA do longa-metragem FELICIDADE É... (1995). Para a TV Globo, dirigiu a série CENA ABERTA (2003), a minissérie LUNA CALIENTE (1998) e escreveu dezenas de roteiros: AGOSTO (1993), MEMORIAL DE MARIA MOURA (1994), A INVENÇÃO DO BRASIL (2000), etc., além da série COMÉDIAS DA VIDA PRIVADA, da qual também dirigiu o episódio ANCHIETANOS (1997).

Ficha Técnica:

Elenco: Fernanda Torres; Wagner Moura; Camila Pitanga; Bruno Garcia; Tonico Pereira; Janaína Kremer; Lázaro Ramos; e Paulo José.
Distribuidora: Sony Pictures
Produtora: Casa de Cinema de Porto Alegre
Fotógrafia: Jacob Solitrenick
Produtores: Nora Goulart e Luciana Tomasi
Montagem: Giba Assis Brasil

Fonte: Portal Noite & Cia

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