“O problema do Brasil é essa classe alta”



“Olha, ele está bem mais branquinho. Parece que fez tratamento de pele”, diz uma garota de microssaia, enquanto se equilibra num salto plataforma rosa-choque para observar, em cima do palco, o vocalista da banda Sua Mãe durante apresentação em Salvador. Longe dos holofotes, Wagner Moura é o avesso daquela frase de Caetano Veloso. De perto, é normal. Um sujeito de biotipo comum, que, por força do talento, virou sexy symbol de novela das oito. Conversa pausadamente, escolhe muito bem as palavras antes de deixá-las escapar da boca e não esconde o incômodo de ser o personagem principal. É franco: não gosta de formar opinião sobre tudo, aparecer em revista de celebridade, falar sobre a vida pessoal, ser flagrado comprando pão na padaria. Assume que, depois de Hamlet, dará um tempo no teatro e diz que sua obsessão atual é o cinema. Depois de turnê musical, começa a filmar O Homem do Futuro, novo filme de Cláudio Torres. Ano que vem, fará outro longa, A Cadeira do Pai, num momento em que o cinema brasileiro, segundo ele próprio, “começa a parecer mais com o cinema argentino, mal comparando”. E é por este projeto, dirigido por Luciano Moura e com Lima Duarte e Fernanda Torres no elenco, que Wagner Moura demonstra maior empolgação. O público talvez discorde (da comparação ou da empolgação). A sensação de déjà vu ao ver a foto do Capitão Nascimento depois de alguns anos, agora coronel e grisalho, causa maior expectativa. Com estreia prevista para setembro, Tropa de Elite 2, de José Padilha, é um segredo guardado a sete chaves. Suas novas (ou velhas?) discussões, nem tanto.

Quando Tropa de Elite ganhou o Urso de Ouro em Berlim, em 2008, a crítica chamou o filme de fascista. O Le Monde disse que ele fazia apologia à tortura. Como você vê esse tipo de crítica?

Quando vieram as primeiras críticas, eu fui o primeiro a responder publicamente. O Arnaldo Bloch (de O Globo) foi o primeiro cara que apontou o filme como sendo de direita. E eu me senti muito mal, muito injustiçado como artista, como cidadão.

Por quê?

Porque eu tenho convicções e acho que, hoje em dia, essas coisas de direita, esquerda, conservador, progressista estão muito diluídas. De certa forma, eu militei, milito ideologicamente sempre a favor de intervenção mais forte do Estado na vida das pessoas, da diminuição da desigualdade social, de benefícios sociais, reforma agrária, que são posicionamentos… (pausa).

De esquerda.

De esquerda. A mim, pessoalmente, soou estranho, porque eu tinha um envolvimento com o filme. E também porque me pareceu uma crítica descabida. Primeiro pela história do Zé Padilha, que na época tinha feito o Ônibus 174, um filme que, se você tivesse que acusar de alguma coisa, você diria que é de extrema esquerda, porque justificava a ação de um bandido, de um marginal. E depois porque achei primária a crítica. O que pensa o realizador e o que pensa o personagem não coincidem, a gente disse muito isso nas entrevistas. É a mesma coisa de você dizer que o (Francis Ford) Coppola compartilha com as ideias do Michael Corleone, que o Fernando Meirelles pensa como o Zé Pequeno. O Tropa de Elite era para ser um documentário, o que está mostrado ali nada mais é do que a verdade. É como dizer que Hector Babenco, quando fez o Carandiru, glorificou a bandidagem. Esse discurso me parece elitista. O problema do Brasil é que essa classe alta não olha para o que está acontecendo lá embaixo.

Por outro lado, algumas pessoas dizem que no Brasil faltam filmes sobre a classe média do País.

E eu acho que falta. E é esse tipo de filme que A Cadeira do Pai (com direção de Luciano Moura) está trazendo, filme de cotidiano. É por isso que eu estou contente de estar num momento em que o cinema brasileiro começa a parecer mais com o cinema argentino, mal comparando. Por outro lado, eu reconheço a nossa cinematografia como um marco, principalmente pela herança do Cinema Novo. Acho ótimo diversificar, mas é saudável também o Brasil ter filmes ligados à nossa realidade social. O João Moreira Salles ser um banqueiro e querer entender a realidade do tráfico na favela, eu acho muito saudável, ruim é o banqueiro que passa no sinal e fecha o vidro com medo dos malabares. E aquele filme dele (Notícias de uma guerra particular, de 1999) me fez entender o conflito urbano no Rio, que tem três lados na linha de fogo direto, o do morador da favela, do traficante e do policial. E foi esse lado que Tropa de Elite trouxe, de mostrar com muito realismo a visão do policial nessa guerra. Evidente que é a visão de um policial, os protagonistas do filme são policiais, é impossível você não se identificar em algum momento com aquelas pessoas. Agora, você pode se identificar com elas do ponto de vista do personagem e ter um juízo crítico a respeito do que está fazendo esse personagem, de como age esse policial. O mesmo juízo crítico que o Arnaldo Bloch e as pessoas que acusaram o Tropa de fascismo tiveram, nós temos. Só que eu, como ator, não posso entrar em cena julgando o personagem. Um cara falou para mim: “Mas você humanizou o Capitão Nascimento”. Mas meu trabalho é esse.

Capitão Nascimento em Tropa de Elite 2

E esse discurso de que a classe média financia o tráfico ao comprar droga?

Os consumidores de drogas financiam o tráfico assim como os consumidores de cerveja financiam a indústria da cerveja. Isso não é uma descoberta incrível. Agora, as campanhas que tentam colocar no usuário a culpa de toda a violência são campanhas covardes, o usuário é o elo mais fraco da cadeia. Sou a favor da legalização, é provado que a repressão é ineficaz. Nossa política se aproxima muito mais da política norte-americana que da europeia, que procura tratar o usuário como uma questão de saúde pública.

Você disse que sempre defendeu ideias de esquerda. Em quem vai votar?

Eu gosto muito do tipo de política que a Marina (Silva) representa, de pensar desenvolvimento do jeito que ela pensa. Falar hoje em desenvolvimento sustentável, reforma agrária, respeito ao meio ambiente transcende a questão climática. Ecologia é um conceito que daqui a pouco vai ser urgente, tem a ver com nossa relação interpessoal, com cidadania. A Marina me parece um tipo de política que Obama ainda não é, e o Brasil pode dar um exemplo muito legal para o mundo. Mas me preocupa muito a relação dela com a religião, nada contra ela ser evangélica, mas o quanto a religião influencia suas decisões políticas. Ser contra a pesquisa com células-tronco, eu acho um perigo. Alguém me disse que a Marina – não sei se é verdade, quero ouvi-la falar – apoia o ensino do criacionismo nas escolas, isso é assustador. Não dá para votar numa pessoa que quer ensinar para as crianças que o mundo foi criado por Deus, Adão e Eva. Tendo a votar nela, mas queria que a campanha começasse.

Faria campanha política para alguém?

Eu fiz no ano passado para (Fernando) Gabeira, fui para a televisão dizer que achava uma boa o Gabeira ser prefeito do Rio. Logo depois, naquele escândalo das passagens no Congresso, descobriu-se que ele tinha mandado a filha (Maya Gabeira, surfista) para o Havaí com passagens pagas por nós. Na mesma hora eu me arrependi. Se eu cruzar com o Gabeira hoje, eu vou perguntar: “Que parada foi essa das passagens, véio?” Porque eu me senti mal.

Então não faz mais?

Acho que não, a não ser que seja uma coisa que realmente me mobilize muito. Continuo achando Gabeira um cara legal, um tipo de político diferenciado dos demais. Mas na campanha dele agora para governador, um dos aliados era o César Maia. Não é estranho? Outro dia fui num encontro de um político do PV, na casa de (Gilberto) Gil até, e ele disse assim: “Sou a favor da legalização das drogas, só que eu não vou dizer isso na minha campanha, pois é um tema impopular e eu quero me eleger”. A partir desse dia, eu não posso ouvir falar desse cara. Se há uma coisa que é importante para os políticos é transparência.

Por que você não dá entrevista à Veja?

Olha (pausa). Entrevista não é a coisa que eu mais gosto de fazer. Eu sou jornalista também, dou entrevista por dois motivos: quando eu estou fazendo alguma coisa que preciso de divulgação e quando tem um assunto, por exemplo, a transposição do São Francisco, assassinato de trabalhadores rurais no Pará – escrevi outro dia sobre banalização da figura dos artistas na mídia. Acho que se criou esse mundo dos atores, das pessoas conhecidas, de aparecer na revista por aparecer, dar uma pinta. E esse tipo de imprensa, da fofoca, da pinta, das pessoas que se vendem com suas casas incríveis, nunca me interessou. E a Veja especialmente é uma revista – engraçado – de direita, elitista, conservadora, poderosa e, portanto, autossuficiente, arrogante. Me lembro que, na época do estatuto do desarmamento, ela deu uma capa desfavorável e tendenciosa. Elogiou Tropa justamente por esses motivos, que não eram os motivos pelos quais eu fiz o filme. E tem uma política, na parte cultural, de ser muito grosseira, implacável com os atores. Faz matérias maldosas com vários colegas. O Diogo Mainardi já falou mal de mim.

Mas ele atira para todo lado…

É. O Diogo Mainardi escreve na Veja, outro motivo. Eu não leio e não dou entrevista para a Veja, assim como não dou entrevista para a Caras, Quem, Istoé Gente, Contigo.

Você comprou um apartamento no Edifício Oceania. Passar tempos em Salvador é fugir um pouco disso?

Eu quero ter uma casa aqui também, me sentir na minha cidade, não quero que meu filho não se sinta baiano. Oceania é um prédio histórico, a arquitetura é linda, de frente para aquele cartão-postal. É um prédio que tem apartamentos grandes, pequenos, então você convive com todo tipo de gente diferente, gente que tem muita grana, gente dura, mais velha, mais nova. Há uma diversidade maneríssima. Faz mais de dez anos que você se mudou para o Rio de Janeiro.

E essa coisa da violência crescente aqui?

Eu moro no Rio, né. Sinceramente, como morador da zona sul, me sinto tão inseguro lá quanto aqui.

O que você ouve falar da Bahia?

Tento acompanhar culturalmente a cidade, sei que tem havido uma controvérsia muito grande com relação à gestão de Márcio (Meirelles), que é meu amigo, como secretário de Cultura. Tenho ouvido reclamações dos profissionais de teatro com relação ao trabalho de Márcio. Por outro lado, sei que ele tem feito muitas coisas legais em outras áreas, especialmente no interior. Começo a acompanhar agora a questão da sucessão do governo da Bahia, mas ainda não sei direito o que eu acho. E eu procuro acompanhar o Vitória (risos).

Você se sente muito à vontade em Salvador. Já vi uma foto sua sem camisa, andando pela Barra, comendo acarajé.

Eu quero andar na rua, normal que nem todo mundo. Eu odeio ser fotografado no meio da rua, e não é porque eu estou à vontade. Me pergunte uma profissão que eu nunca seria na vida, é essa, de paparazzi.

Te incomoda a foto?

Eu podia estar de smoking. Eu não quero que me fotografem se eu não estiver trabalhando, não tenho que aparecer se eu não estiver divulgando o que eu quero, para mim não faz muito sentido. Eu comprando pão na padaria? Isso interessa a quem?

Certa vez, um repórter do Pânico na TV foi te entrevistar e passou uma gosma no seu cabelo.

Eu escrevi um artigo para o jornal na época. Eu não saio, não vou em pré-estreias, não ando na noite, não vou para a balada. Então eles me veem muito pouco, né.

Sua mulher se incomoda em ser a mulher do Wagner Moura?

Ela é igual a mim, acha desnecessário. Meus pais têm orgulho de mim tanto quanto têm da minha irmã. Criaram duas pessoas legais, honestas, que trabalham, voltam para suas casas, suas famílias.

Em entrevista à Trip, você disse que chorou em Tropa de Elite 2, numa cena que tinha a ver com paternidade. Como foi?

Infelizmente, não posso contar. Por conta da pirataria do primeiro filme, a gente está muito defendido nesse, o roteiro é mantido em segredo. Na verdade, a menina me perguntou qual foi a última vez que eu chorei, eu disse que tinha sido numa cena de Tropa 2, que nem tem essa importância toda no filme. As pessoas descontextualizam. E a Mônica Bergamo (colunista da Folha de S.Paulo), que falou que eu quero ser amigo da Mallu Magalhães? Eu fiquei parecendo um idiota, um tiozão. Eu disse que, quando eu gosto de uma pessoa, admiro um artista, eu me aproximo. Citei várias pessoas, como o Lázaro Ramos, o Rodrigo Amarante, que eu chamei para fazer a trilha do Hamlet, o Selton (Mello), a Malu, que é uma graça.

Não querer dar entrevista vem dessas distorções?

Eu só acho que tudo é muito banal. “Ah, vamos falar dos pinguins, o que você acha dos pinguins?”. Não tenho interesse em falar sobre coisas que não sei, não tenho interesse em aparecer. O meu trabalho já me expõe muito. Quanto menos as pessoas souberem de mim, da minha vida, melhor e mais crível será o meu personagem. Ainda tem isso.


Num Arquivo Confidencial do Faustão, de 2007, exibiram uma entrevista sua, moleque, com um sotaque bem pernambucano, falando da barragem que inundaria sua cidade. O que mudou naquele Wagner?

Rodelas fica na divisa entre Bahia e Pernambuco, nosso sotaque era muito mais pernambucano que baiano. Quando eu vim para estudar em Salvador, foi muito diferente. Salvador era uma cidade grande, eu estudava em escolas públicas, vim para estudar numa escola particular, não me adequei. Fui encontrar uma turma quando comecei a fazer teatro, não tinha muito a ver com o lugar onde eu estava. Tinha uma amiga, a Micheline, que era a única amiga na escola, que fazia teatro na Casa Via Magia. “Olha, você tem talento, vamo lá”. Eu fui, e se abriu um mundo. As pessoas eram outras, as conversas eram outras. Eu encontrei uma galera. Foi na época que eu conheci o pessoal da banda.

Seus primeiros papéis de projeção, como em Deus é Brasileiro e O Caminho das Nuvens, você interpretava nordestinos. Como se livrou do estereótipo?

Eu me preocupei muito com isso na época, porque o mercado aposta no certo. Quando você funciona bem fazendo uma coisa, eles não querem arriscar te botando para fazer outra, tudo é muito caro, filme é dinheiro. Arriscar num ator que não funcione é um perigo. Eu tive que ter muita coragem para recusar papéis interessantes com medo de ficar marcado como um ator nordestino. Foi mais ou menos nessa época, depois de Deus é Brasileiro especialmente.

Atores como Lázaro Ramos e Vladimir Brichta se projetaram quando saíram da Bahia, como você. Para ter sucesso, é preciso ir para o Rio de Janeiro, São Paulo?

No nosso caso, de nós três, foi o mesmo momento. Nós saímos juntos para fazer uma peça (A Máquina, de João Falcão). Depende do que o ator quer, o teatro de Salvador é um dos melhores do Brasil, que tem um dos melhores diretores, melhores atores, técnicos. A Bahia, nos anos 1990 especialmente, viveu um excelente momento. Não tenho visto muita coisa, mas tenho certeza de que a Escola de Teatro faz um trabalho incrível. O Teatro Vila Velha também é um grande celeiro produtor de artistas. Agora, o que esse ator hipotético quer? Televisão? Então ele tem que ir para o Rio de Janeiro. Ele pode até ter uma carreira de cinema aqui, talvez; o João Miguel fez um pouco esse caminho. Fez teatro, começou a fazer cinema e tem uma história no cinema. Mas ele mora em São Paulo hoje. É como um ator americano. Se ele quer fazer cinema, não pode morar no Texas. Ele tem que morar em Los Angeles.

Wagner Moura em cena da novela Paraíso Tropical

Você não assina contrato com a Globo, recentemente recusou um convite para fazer a próxima novela de Gilberto Braga. O que acha da teledramaturgia brasileira?

Em termos de novela, de folhetim, acho que ninguém no mundo faz melhor que a Globo. Os americanos fazem séries melhor do que ninguém, mas novela mesmo, quem faz melhor é a Globo.

Mas as novelas da década de 1990 para trás são consideradas muito melhores.

A gente tem muito saudosismo. Eu próprio penso “Pô, bom era Roque Santeiro, Saramandaia, Que rei sou eu?, Renascer”. As gerações novas estão aí vendo novela igual antigamente, achando legal. Talvez eles cheguem à minha idade pensando “bom era Tempos Modernos”.

Algum novo projeto no teatro?

O Hamlet foi uma experiência muito intensa, acho até hoje que é o meu melhor trabalho. Eu nem gosto de dizer “melhor trabalho”, porque, para mim, todos são importantes, um leva ao outro. Mas, se eu tiver que dizer um trabalho que me mobilizou muito, do qual eu me orgulho, é o Hamlet. Eu sou mesmo um ator de teatro, na minha essência, não podia ter escolhido uma peça mais intensa. Quando eu penso em fazer teatro, eu me pergunto: o que eu vou fazer agora, depois que eu fiz isso? Eu tô meio sem nenhum projeto, e os que vêm eu não me interesso. E além disso, por conta da peça, eu tive de adiar muitos filmes. Eu acho que a gente está num momento superbom no cinema e tenho pena de não participar. Esse A Cadeira do Pai é um filme de um roteiro tão interessante, muito diferente dos filmes brasileiros. Acho que agora a gente começa a ter filmes mais intimistas, e esse é um. O cinema brasileiro ainda gosta de falar do todo, de tentar entender o País, filmes como Tropa, por exemplo.

Já pensou em tentar carreira internacional?

Não me interessa estar num filme americano só para aparecer num filme americano. Se eu tiver uma proposta de fazer um personagem legal, num bom filme, pode ser um personagem pequeno, mas numa boa cena, por que eu não vou? Já surgiu essa oportunidade, mas não assim como eu quero.

Qual foi o filme?

Olha (pausa). Não é legal falar das coisas que a gente não fez (risos).

Show da banda Sua Mãe em Salvador

E a Sua Mãe? Vocês querem “profissionalizar” a banda?

A banda está fazendo 18 anos. Quando começou, Mallu Magalhães nem tinha nascido (risos). A gente se encontrava sempre, nunca parou de tocar, trocar informações, ir fundo nessa mistura do rock inglês dos anos 1980 com os compositores da música superpopular brasileira. Estou doido para esse termo pegar, vamos parar de chamar os caras de bregas, isso é uma caretice elitista, coisa de Veja. Eu ia divulgar o Hamlet no Circo do Edgar, e ele descobriu essa história da banda. “Ah, quero trazer sua banda, meu programa é musical”. Daí liguei para a galera: “E aí, querem aparecer na televisão?”. A partir desse dia, a gente começou a ser convidado para tocar. Essa profissionalização que você diz começou assim.

Não incomoda que falem “a banda do Wagner Moura”?

Não, tudo bem. Gosto de fazer as coisas para as pessoas conhecerem. Esses artistas que fazem coisas para 12 pessoas, filmes para passar na nas salas de arte, não quero saber disso. Quero que meu disco venda nas Lojas Americanas. Se o fato de ser conhecido ajudar as pessoas a conhecerem o trabalho, melhor.

Fonte: Revista Muito

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