De blog em blog

Quem faz blog, em geral, gosta de blog. E assim, eu (Carol Monteiro) vago pela internet em busca de coisas interessantes no mundo blogueiro. Foi dessa forma que, cheguei no Bloglog que trazia como destaque um post de Camila Alves (Atriz e modelo)sobre Wagner Moura em Hamlet.
Ao ler, suas palavras me passaram uma sensação adorável de entusiasmo e admiração por Wagner. E por conta disso,deixei um comentário pedindo autorização para publicar o post dela aqui e sua resposta veio repleta de simpatia. Leia:

"Grande Carol.... você sabe que visitei seu blog antes de escrever meu Post.. que coiecidência né!! Ele é maravilhoso e não poderia ter sido mais bem escolhida a pessoa que ele homenageia, esse sim é uma estrela, de primeira! Ficaria Super Feliz se vc Postar meu Texto lá sim.... vou checar depois e comentar :)..."

E assim, brindo vocês com a sensação avassaladora que Wagner Moura causa nos palcos e o estupefamento dele interpretando Hamlet.

Ser ou não ser.... Wagner Moura
por Camila Alves


"Estou até agora pensando em como melhor descrever com poucas e precisas palavras toda a grandiosidade e brilhantismo que assisti ontem na montagem de Hamlet, que está em cartaz no Rio de Janeiro, com Direção de Aderbal Filho, Wagner Moura e grande elenco. Já conhecia o texto e posso afirmar que passei a conhecê-lo melhor ainda.

Não sou crítica de Teatro, Cinema ou TV, apenas uma admiradora da arte em geral, do que é belo, harmonioso e marcante.

Tudo muito bom, a não ser por uma infeliz e grosseira atitude por parte de uma espectadora que, logo no início da peça, quando o ator Wagner Moura entra em cena para dar o Boa Noite a todos e explicar o tempo da peça, que é dividida em dois atos,... grita de sua poltrona: “fala mais alto que eu não tô escutando”.

O teatro fica em silêncio, sem saber como e porquê, alguém tão estupidamente grosseiro e obviamente surdo, está fazendo naquele teatro com coragem suficiente para tentar atrapalhar o espetáculo e constranger seu protagonista segundos antes dele entrar em cena para doar 3 horas e 15 minutos de pura magia, performance e reflexões.

Obviamente o som estava perfeito e todos escutando absolutamente tudo, cada suspiro , movimento e até o barulho que espadas faziam ao se movimentar no espaço. Educadamente Wagner Moura se desculpa àquela senhora e diz que tentará falar mais alto. Não precisou muito... foi aplaudido pelo teatro inteiro que estava junto com ele sem saber o que fazer com tamanha estupidez.

Começa a peça... cada segundo, cada movimento, cada inflexão, sonora, temporal ou simplesmente gestual transporta a todos com uma facilidade rara para o grande e poético universo irônico, realista e trágico de Shakespeare.

É difícil tentar falar algo quando estamos falando de Shakespeare, uns acham chato, outros eloqüente mas, o que ninguém pode negar é que sua obra transcende o tempo.
Seus textos são realistas e, quando bem interpretados, seja através da leitura ou do teatro, resumem perfeitamente muitas das questões, dilemas e desejos que o homem moderno ainda vive, cercado por suas ambições desmedidas, imparcialidade velada e atos altruísticos colocados em xeque.

Não vou me estender nem tentar explicar o que compõe toda essa magia que está em cartaz aqui no Rio de Janeiro, depois de uma super temporada de sucesso em São Paulo mas, gostaria antes de fazer um parágrafo dedicado ao ator Wagner Moura.

Saí do teatro pensando que deveríamos criar um prêmio especialmente dedicado a ele, não pelo conjunto da obra, que já valeria e ainda está aflorando mas, principalmente, por sua coragem, dedicação e excelência na busca por resultados com tudo o que se propõe a fazer. Ele é definitivamente um dos melhores atores do Brasil.

Sinceramente, só vendo para vocês tirarem suas próprias conclusões!!!

Parabéns Wagner Moura, Tonico Pereira, Georgiana Góes, Mateus Solano, Fábio Lago, Gillray Coutinho, Cláudio Mendes , Carla Ribas e Aderbal Filho pela arte de transformar o que há de melhor na Arte em pura e simples Arte."

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