O vai-não-vai de 'Tropa de Elite' em Sundance



(...)quando o Festival de Sundance divulgou a lista dos filmes que disputarão sua próxima edição _17/1 a 27/1_, "Tropa de Elite" estava entre os 16 concorrentes da categoria Cinema Mundial - Ficção. Hoje, não está mais. A relação mudou, mas continuou do mesmo tamanho _16 filmes, incluindo produções da Colômbia e do Panamá concorrem entre si.

Quem tomou a decisão de retirar "Tropa de Elite" da competição de Sundance foi Harvey Weinstein, o ex-Miramax e atual Weinstein Company, que detém os direitos de distribuição de "Tropa de Elite" fora do Brasil. É o que diz o cineasta Marcos Prado, sócio de José Padilha e produtor de "Tropa de Elite". Por que exatamente Harvey Weinstein fez isso, Prado não diz. "Todo mundo sabe que o Harvey é temperamental", brinca, dizendo esperar que ele tenha "uma boa carta na manga" para fazer o que fez.

Em entrevista à Folha na semana passada, Padilha contou que "Tropa de Elite" tinha recebido convite "dos principais festivais que abrem o ano", mas que faltava decidir se a carreira internacional do filme começaria pelos Estados Unidos ou pela Europa.

É provável que Harvey Weinstein esteja negociando com os festivais de Berlim (fevereiro) e Cannes (maio) uma vaga em suas competições. Participar da competição de Sundance não ajuda esses objetivos.

"Tropa de Elite" não será o único aspirante de um diretor brasileiro aos principais festivais europeus. "Cegueira", de Fernando Meirelles, tentará ir a Cannes. "174", a ficção de Bruno Barreto baseada no documentário "Ônibus 174", de Padilha, ambiciona estar em Berlim. Comenta-se que outro candidato a Berlim é "Linha de Passe", de Walter Salles e Daniela Thomas. Walter Salles tem ótimo histórico com o festival alemão, desde que "Central do Brasil" arrebatou os Ursos de Ouro e Prata (Fernanda Montenegro) em 1998.

Fonte: Folha Online

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