Com estética de cinema, "Paraíso Tropical" promete luxo em 1º capítulo



A Rede Globo exibiu o primeiro capítulo de "Paraíso Tropical", sua nova novela das oito, que substitui "Páginas da Vida". Com estética cinematográfica, a nova trama de Gilberto Braga traz um clima de luxo, poder e glória, com uma pitada de erotismo, conferida pelo bordel que "esquenta" o enredo. A média de audiência ficou em 41 pontos, a menor dos últimos anos "Páginas da Vida" registrou 50, "Belíssima" consegiu 54 e "América" alcançou 56.

Fábio Assunção terá de se desdobrar para convencer o público na interpretação do bom moço Daniel, um executivo milionário. Seu bordão pode ser resumido em uma das falas de seu primeiro episódio: "Eu não quero ser como Antenor Cavalcanty [Tony Ramos], que só pensa em dinheiro. Quero abrir meu próprio hotel, achar a mulher ideal, casar e ter meus filhos. 'Só' issso".

Comentários sobre a performance de Cavalcanty, interpretado por Tony Ramos, são dispensáveis, já que o ator sempre foi --e continua-- uma "preferência nacional" entre público, críticos e profissionais do ramo.

Alessandra Negrini, encarando sua primeira novela em cinco anos, também terá de trabalhar para matar a golpista Selma (de "Desejos de Mulher", 2002) e viver uma de suas personagens, Paula, par romântico de Daniel.

A moral de Paula é apresentada quando ela, filha da cafetina Amélia (Suzana Vieira), defende as "funcionárias" da mãe, afirmando (sobre a prostituição): "Isso não é profissão digna para mulher nenhuma". A atriz terá jornada dupla na trama, com a aparição de uma irmã gêmea de Paula, a ambiciosa Taís, moça egoísta e inteligente.

Entre os personagens, duas promessas de peso: Camila Pitanga tem grandes chances de brilhar no papel de Bebel, uma estonteante "profissional do sexo". A atriz poderá não só finalmente se afirmar como uma atriz de peso, como valorizar de vez o papel do negro nas novelas da emissora. Bebel promete o que todo homem deve ter, segundo as palavras de sua cafetina Amélia: "Todo homem precisa de um pouco de sonho, de ilusão. E quem é que vai dar?". Bebel, é claro.

A grande promessa masculina fica por conta do vilão da novela, Olavo (Wagner Moura), mais um dos funcionários de Antenor. Olavo sabota e passa por cima de qualquer um, encarnando uma espécie de Don Juan misógino, que maltrata, inclusive, sua própria mãe, interpretada por Vera Holtz.

Se a trama seguir o mesmo cenário de seu primeiro capítulo, a nova novela da Globo vai garantir aos telespectadores o que seu nome promete: um verdadeiro clima paradisíaco, alternado em cenas entre Rio de Janeiro (Copacabana) e Bahia (Marapuã).

O "inferno" da nova trama será garantido pelo clima de trapaça que impera entre os personagens, sobretudo masculinos, que parecem viver numa constante "fogueira de vaidades" --com direito a muitos pecados capitais, da soberba à luxúria.

Foto: Yahoo
Fonte: Folha Online

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